*publicada em 09/05/2015 e atualizada em 11/04/2020.
Na crônica anterior (clique aqui), o destaque foi o transporte rodoviário e as longas horas dentro de um ônibus desconfortável em meados dos anos 1990 no trajeto Rio de Janeiro x São Luís, passando pelo nordeste brasileiro. Depois desta época, muita coisa mudou e melhorou. Ente elas, a "popularização" do setor aéreo brasileiro, que chegou a ter bilhete com valor promocional de R$ 50 (cinquenta reais) o trecho no início dos anos 2000. Sendo assim, foi possível trocar três dias de viagens pelas estradas do Brasil por três horas de voo (direto) para o mesmo destino. A rapidez e o custo benefício da aviação eram sem dúvidas a melhor opção de viagem do percurso de 3.000 km de distância.
![]() |
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (GIG). Foto: RioGaleão/divulgação |
Na época, eu viajei pela primeira vez de avião com a antiga TAM, a bordo do Airbus A320. O voo GIG X SLZ (Rio-Galeão x São Luís) foi direto, sem escalas. Um fascínio entrar em uma aeronave que eu só conhecia passando por cima da rodovia próxima à minha residência, rumo ao Aeroporto Internacional do Rio. Voltando a aeronave, fui muito bem recebido pela excelente tripulação a bordo. Ser muito bem recepcionado pelos comissários, sorridentes e prestativos, me encantava muito naquele momento. Era tudo muito novo, uma experiência incrível. Nota dez para eles.O voo foi a noite, por volta das 23h. Naquela época, havia serviço de bordo incluso na passagem, que foi composto de todas as bebidas do grupo Coca-Cola além de sanduíche quente. Muito bom.
![]() |
Torre Eiffel - Paris, França. Foto: divulgação/internet |
Saindo um pouco do âmbito doméstico, minha primeira viagem internacional foi no ano de 2014, cujo destino final era a capital irlandesa, Dublin. A viagem
aconteceu no finalzinho de março, rumo à Ilha da Esmeralda, como é conhecida a terra irlandesa. Situada na Europa, o país não recebe voos diretos vindo do Brasil. Sendo assim, é preciso fazer conexão. O meu voo de ida foi no último sábado do mês por volta das 17h20 do Rio de Janeiro (GIG) rumo à Paris (CDG), na França. Estava nublado e com chuva
fina, mas, eu tenho essa "sorte" de viajar com chuva, hehe. Eu nunca imaginei viajar para o exterior rumo a capital
francesa. Nada contra, mas eu tinha vontade de viajar preferencialmente para outros países como Chile, Canadá e Panamá, por exemplo. Mas a vida nos proporciona surpresas. No final de 2013 tudo foi acontecendo rapidamente e, quando me deparei, minha viagem já estava planejada e agendada para a República da Irlanda.
Sobre a Air France? Uma excelente companhia aérea. Serviço de bordo de qualidade! Cardápio com pratos saborosos, atendimento muito bom (francês, inglês e até português) e comissários muito prestativos e eficazes. Foi um prazer viajar à bordo do Boeing 747-400 que estava prestes a ser substituído pela Air France nesta rota. O voo foi lotado, com quase 400 passageiros, distribuídos nas cabines econômica (onde eu viajei), executiva e primeira classe (essa no segundo andar do avião). Era uma aeronave "wide-body", ou seja, de fuselagem larga com dois corredores. Eu só não me lembro das configurações internas das poltronas. Passado um pouco mais de 3 horas de voo, as janelas foram fechadas a mando dos comissários. Era o momento de curtir um bom filme ou ouvir músicas como entretenimento da viagem. E não é que tinha música brasileira no acervo do sistema de bordo do voo? Sim, músicas do sertanejo Gusttavo Lima, hehe.
![]() |
Poltronas da Classe Econômica - Air France. Foto: divulgação/internet |
Sobre a Air France? Uma excelente companhia aérea. Serviço de bordo de qualidade! Cardápio com pratos saborosos, atendimento muito bom (francês, inglês e até português) e comissários muito prestativos e eficazes. Foi um prazer viajar à bordo do Boeing 747-400 que estava prestes a ser substituído pela Air France nesta rota. O voo foi lotado, com quase 400 passageiros, distribuídos nas cabines econômica (onde eu viajei), executiva e primeira classe (essa no segundo andar do avião). Era uma aeronave "wide-body", ou seja, de fuselagem larga com dois corredores. Eu só não me lembro das configurações internas das poltronas. Passado um pouco mais de 3 horas de voo, as janelas foram fechadas a mando dos comissários. Era o momento de curtir um bom filme ou ouvir músicas como entretenimento da viagem. E não é que tinha música brasileira no acervo do sistema de bordo do voo? Sim, músicas do sertanejo Gusttavo Lima, hehe.
![]() |
Entretenimento a bordo. Imagem: divulgação/internet |
Passado as horas, nada de
dormir e, viajar na poltrona ao lado da janela é muito ruim (hehe). Andava pela aeronave, porque ficar dez
horas, sentado em uma poltrona da classe econômica é extremamente desconfortável e chato. Às vezes conseguia conversar com meu amigo que estava perto da minha
poltrona, mas logo retornava para o meu lugar. [Gente, nessa época eu não havia estudado e me formado em comissário. Então, eu descumpri as normas do voo e da tripulação de ficar sentado com cinto de segurança preso a mim. Mas por favor, não repitam esse mal exemplo de ficar andando pela aeronave depois de ir ao toilet, de ficar em pé nos corredores e achar que está em um parque. Caminhar é preciso mas é um "bate e volta" da poltrona ao toilet e vice-versa, por questão de segurança do passageiro].
O serviço de bordo é muito bom. O jantar teve duas opções, sendo que eu escolhi arroz com frango tipo grelhado, tinha salada, suco de laranja, o verdadeiro pão francês, poleguinho e outras coisas que eu não lembro. O café da manhã tinha pães, geleia, frutas, café com leite, queijo e tudo muito saboroso.
Já estávamos voando o Continente Europeu quando acordei e avistei a cidade de Paris juntamente com a ilustre Torre Eiffel. Que coisa mais linda. Tive que me render e acreditar naquilo que os meus olhos estavam vendo era verdade: a capital francesa. Era quase seis horas da manhã pelo horário de verão de Paris e início de madrugada no Brasil. Pouco tempo depois, a aeronave pousa. Eu esperei meu amigo e quando saímos do avião sentimos muito frio na cidade Parisiense, que tinha temperatura na casa dos 10ºC e a imagem do Boeing 747-400 visto de dentro do desembarque ficaram marcadas. Afinal, era o último ano de operação daquele jumbo pela Air France. [Ele foi substituído pelo Boeing 777-300].
O Aeroporto Internacional Charlles de Gaulle (CDG) é muito bonito. Aquela sensação de ver algo belo, com zelo, arquitetura sem igual, algo que surpreende o viajante brasileiro. O Aeroporto é fantástico. O segundo passo era descobrir em qual terminal e portão eu pegaria a conexão rumo à Dublin. Mas os telões e os funcionários da Air France ajudaram bastante. Inclusive um deles falava português. De lá eu utilizei um trem que liga um Terminal ao outro. Sim, é muito grande toda área do aeroporto, parece um bairro. E como o tempo de conexão do meu próximo voo era de uma hora, precisei seguir direto para outro Terminal, localizado lado oposto de onde eu estava. Depois de tudo resolvido, passei pelo no raio-x, embarque e fui rumo ao destino final: Dublin, na Irlanda. Chovia e fazia muito frio.
Desembarquei em Dublin, com tempo nublado e muito frio. Ainda bem que minha jaqueta foi comigo, mas o vento intenso na Irlanda proporciona uma sensação de muito mais frio, especialmente no rosto. O desembarque foi remoto, precisando caminhar da pista até o aeroporto. Eu me perdi no saguão de desembarque, não sabia para onde ir. Então, quando eu entendi a logística do lugar fui rumo as esteiras das bagagens para pegar minha mala. Consegui e segui para a fila da imigração. Tive muita sorte, eu não precisei abrir minha mala para verificação. Apenas mostrei meu passaporte, os documentos da minha homestay, escola e passagem aérea de volta. Passaporte carimbado, entrada autorizada. [Na Irlanda assim como nos demais países da União Européia, não precisa de visto para estadia de até 90 dias. Mas é preciso comprovar hospedagem, passagem de volta e quantia de dinheiro para quem viaja a turismo].
As aventuras de um intercambista começam já na chegada no país de destino. Ao sair do desembarque procurei a pessoa do transfer contratado que estaria com a placa escrita meu nome. Só que não, haha. O serviço não pode ser realizado pois a pessoa não foi. Liguei do meu telefone para a empresa, e ninguém atendia. Alguns irlandeses que estavam no desembarque aberto me ajudaram ligando e nada de alguém atender. Fiquei uma hora sem saber o que fazer. Eu não sabia como ir para a minha hospedagem, e precisei agir. Havia duas páginas de 'Classificados Dublin' no Facebook na qual eu fazia parte. Navegando e tentar achar um transfer brasileiro em Dublin, localizei um contato. E pra minha sorte, ele estava chegando no aeroporto pra buscar duas mineiras que vinham no voo seguinte. Conversei com ele e tudo foi resolvido. Após um tour pela região central de Dublin, finalmente cheguei na minha homestay. (Eu tinha o endereço mas não tinha ideia de como ir de transporte público, hehe).
Nas 'Crônicas de Dublin' eu relato como foi a experiência de viver em uma homestay (casa de família): aqui.
O serviço de bordo é muito bom. O jantar teve duas opções, sendo que eu escolhi arroz com frango tipo grelhado, tinha salada, suco de laranja, o verdadeiro pão francês, poleguinho e outras coisas que eu não lembro. O café da manhã tinha pães, geleia, frutas, café com leite, queijo e tudo muito saboroso.
![]() |
Paris vista da janela do Boeing 747-400 da Air France. |
Já estávamos voando o Continente Europeu quando acordei e avistei a cidade de Paris juntamente com a ilustre Torre Eiffel. Que coisa mais linda. Tive que me render e acreditar naquilo que os meus olhos estavam vendo era verdade: a capital francesa. Era quase seis horas da manhã pelo horário de verão de Paris e início de madrugada no Brasil. Pouco tempo depois, a aeronave pousa. Eu esperei meu amigo e quando saímos do avião sentimos muito frio na cidade Parisiense, que tinha temperatura na casa dos 10ºC e a imagem do Boeing 747-400 visto de dentro do desembarque ficaram marcadas. Afinal, era o último ano de operação daquele jumbo pela Air France. [Ele foi substituído pelo Boeing 777-300].
![]() |
Trem que leva o passageiro do desembarque para outro Terminal, dentro do Aeroporto de Paris [CDG]. Foto: divulgação/internet |
O Aeroporto Internacional Charlles de Gaulle (CDG) é muito bonito. Aquela sensação de ver algo belo, com zelo, arquitetura sem igual, algo que surpreende o viajante brasileiro. O Aeroporto é fantástico. O segundo passo era descobrir em qual terminal e portão eu pegaria a conexão rumo à Dublin. Mas os telões e os funcionários da Air France ajudaram bastante. Inclusive um deles falava português. De lá eu utilizei um trem que liga um Terminal ao outro. Sim, é muito grande toda área do aeroporto, parece um bairro. E como o tempo de conexão do meu próximo voo era de uma hora, precisei seguir direto para outro Terminal, localizado lado oposto de onde eu estava. Depois de tudo resolvido, passei pelo no raio-x, embarque e fui rumo ao destino final: Dublin, na Irlanda. Chovia e fazia muito frio.
![]() |
Aeroporto Internacional de Dublin. Imagem: divulgação/internet |
![]() |
Área externa do Aeroporto de Dublin. Imagem: divulgação/internet |
As aventuras de um intercambista começam já na chegada no país de destino. Ao sair do desembarque procurei a pessoa do transfer contratado que estaria com a placa escrita meu nome. Só que não, haha. O serviço não pode ser realizado pois a pessoa não foi. Liguei do meu telefone para a empresa, e ninguém atendia. Alguns irlandeses que estavam no desembarque aberto me ajudaram ligando e nada de alguém atender. Fiquei uma hora sem saber o que fazer. Eu não sabia como ir para a minha hospedagem, e precisei agir. Havia duas páginas de 'Classificados Dublin' no Facebook na qual eu fazia parte. Navegando e tentar achar um transfer brasileiro em Dublin, localizei um contato. E pra minha sorte, ele estava chegando no aeroporto pra buscar duas mineiras que vinham no voo seguinte. Conversei com ele e tudo foi resolvido. Após um tour pela região central de Dublin, finalmente cheguei na minha homestay. (Eu tinha o endereço mas não tinha ideia de como ir de transporte público, hehe).
Nas 'Crônicas de Dublin' eu relato como foi a experiência de viver em uma homestay (casa de família): aqui.
Ballinteer, região da minha homestay - Dublin 16, Irlanda. Foto: arquivo |
Aproveite e confira outras Crônicas de Viagens:
> Parte I: aqui.
> Dublin: aqui.
> Partiu... Europa: aqui.
Até a próxima!
VEJA TAMBÉM:
> Parte I: aqui.
> Dublin: aqui.
> Partiu... Europa: aqui.
VEJA TAMBÉM:
0 comentários:
Postar um comentário